Por Heloísa Sousa
30/05/2021
Vinte e nove de abril de dois mil e vinte, assim, por extenso, meio arrastado e eu isolada em um apartamento em São Paulo. Nesta data foi lançada a primeira postagem de divulgação da primeira edição do PAN! Norte. Migrei temporariamente da minha cidade Natal, capital do Rio Grande do Norte, para a capital paulista e após quinze dias na cidade, entramos no isolamento social em decorrência da pandemia do covid-19. Naquela época, a sensação de que aquilo duraria pouco tempo ainda era uma falsa realidade. Eu não faço a menor ideia de como a divulgação dessa primeira edição do PAN! chegou até mim, no meio do fluxo insano de informações das redes sociais, mas chegou. E eu lembro exatamente da sensação de êxtase quando me deparei com a ideia. Primeiro porque festivais são sempre acontecimentos que me atravessam profundamente e visceralmente, e naquela situação que estávamos (estamos), somente nos restava a interdição desse tipo de experiência. Segundo porque a inquietação por não conhecer muitas obras, artistas e grupos que habitavam a Região Norte do país já era algo que me movia e alguns desejos em mim já se orientavam para buscar maneiras de me deslocar até essas cidades e conhecer mais dos espaços e práticas possíveis por lá [suspeitava que eu, nordestina, talvez pudesse compartilhar mais com parceiras nortistas sobre as condições de criação que nos eram presentes]. Até então, quando ainda era possível o trânsito livre, eu já vinha pensando sobre os esforços de deslocamentos que poderíamos empenhar como maneira de cruzar com outras paisagens que diversificassem e deslocassem os meus próprios paradigmas.
Hoje, escrevo de Natal, da minha casa, retornada. Decidi começar esse texto situando esse primeiro encontro com a ideia porque considero os festivais das artes da cena como grandes acontecimentos capazes de gerar epifanias ao serem percebidos como experiências estéticas e minha memória recupera esses afetos e reverberações provocados pelo PAN! Afetos e reverberações tão intensos que deslocam meus horizontes para pensar circulação, políticas públicas, prática da crítica, virtualidade e culmina inclusive em ações estruturais e poéticas que repetem as estratégias criadas pela equipe do evento. Uma dessas ações é o Cenas do Nordeste, evento produzido pela Ardume Produções Artísticas de Natal, no Rio Grande do Norte, que completamente atravessado pelo PAN! reúne artistas da Região Nordeste na mesma lógica de encontro na virtualidade, dois meses após a iniciativa nortista. Gosto de pensar em uma como irmã mais nova da outra, ambas paridas pelo desejo compartilhado de artistas nortistas e nordestines de ultrapassar suas fronteiras, subverter os isolamentos e estigmas as quais estávamos implicadas muito antes da pandemia, e ainda como forma de afirmação de nossas práticas, existências e modos de criar.
Importante destacar que tanto o PAN! quanto o Cenas do Nordeste foram umas das primeiras iniciativas de festivais das artes da cena virtuais que se estabeleceram diante do isolamento social derivado da pandemia. Tanto a Região Norte quanto a Região Nordeste do país, reagiram com possibilidades de encontros na virtualidade que, ao meu ver, inclusive apontaram alternativas para problemáticas de circulação das obras cênicas produzidas ao norte do país.
O PAN! inaugurou uma possibilidade aos tempos vigentes marcados pela impossibilidade dos encontros físicos, mas também apareceu como uma reposta imediata aos desejos/necessidades antigas de circulação, tanto das obras entre os estados de sua própria região, quanto no restante do país. A virtualidade afirmou-se e foi amplamente reconhecida como um espaço de trânsito e conexão que permite pessoas em diversas partes do país, produtores, artistas, críticos, curadores e o público em geral acompanhar a produção cênica nortista sem que isso implicasse em altos custos de deslocamento para o artista criador ou para o espectador.
Mais de um ano depois e continuamos em situação de pandemia, lidando com consequências que apenas se agravam em decorrência da completa irresponsabilidade política neste país que resulta em uma quantidade absurda de mortes diárias em crescente genocídio. Em 2021, graças aos recursos da Lei Aldir Blanc distribuídos pelos estados e municípios brasileiros, a equipe produtora do PAN! traz aos palcos virtuais sua segunda edição. Mas, importante pontuar que a felicidade de dar continuidade a esta iniciativa está ao lado de corpos de artistas e espectadores exaustos, isolados e ameaçados. O contexto vivido provoca medos, ansiedades e diversos outros sintomas físicos e psicológicos que são impossíveis de serem ignorados mesmo quando nos organizamos para estarmos diante de uma exibição de uma obra cênica na plataforma de conferências do Zoom.
Como elaborar encontros virtuais nessas condições?
Como pausar para a contemplação e fruição de uma experiência estética?
Como esses corpos estão presentes, na virtualidade, para a escuta e para o diálogo?
Mesmo sem muitas respostas, com vários esforços, nós tentamos.
Tentamos estar juntos diante de imagens quadradas e pequenas dos demais, estar juntos assistindo a mesma exibição em um paradoxo de companhia e solidão. Esboçando escoamentos de interação no chat ou numa conversa paralela pelo whatsapp comentando com o colega algo percebido na obra [oi, Quemuel![1]]. Os corpos buscando formas de sanar a saudade de quando, no teatro, podíamos olhar para o lado e trocar alguma palavra sussurrada com a colega que estivesse assistindo à peça conosco [oi, Danda![2]] ou quando ríamos juntes em uníssono por alguma situação em cena.
Esse esforço é parte da materialização desse projeto de encontros que tem forças que vão para muito além da virtualidade ou de uma resposta a situação de pandemia, é uma afirmação das potências das artes do Norte – para fazer uma alusão clichê ao título que não tem nada de clichê por si só – que sublinha de modo direto e explícito o desejo maior do festival.
Nesta segunda edição, além da programação com exibição de espetáculos, debates posteriores e outras atividades, teve também a presença de um Núcleo de Crítica formado por críticos convidados e outros selecionados[3]; juntando experiências distintas e desejos de elaborar essa prática de pensamento.
Se em ciclos de debates importantes como o Crítica Isolada[4] questionou-se onde estariam a presença dos críticos em festivais de teatro virtuais, esses eventos do Norte e do Nordeste podem ser lembrados como uns dos que destacaram essas práticas em sua programação. Por considerar a crítica como um meio de interlocução e conexão, mas também de registro das nossas ações e ainda de desconstrução desse olhar hegemônico que acaba pontuando curadorias afora. Crítica, curadoria e mediação têm sido amplamente debatidos em conjunto, nesses tempos de virtualidade extrema e necessária, talvez justamente pela urgência de se viver enquanto se percebe e se elabora o que está sendo vivido.
Para pensar e praticar a crítica em acontecimentos virtuais como o PAN! é necessário observá-la também como posicionamento. E então, se deparar com a parte debaixo dos icebergs que são as obras de arte, ou ainda mexer em alguns vespeiros, quando notamos que os desejos e anseios que movem percursos numa obra criada em contexto de pandemia, pode ser a “simples” vontade de continuar sobrevivendo mesmo quando estamos sendo empurrados de um precipício e forçados a certos contextos.
Ou ainda observar os desejos interditados, esperanças miúdas do retorno e calcado apenas na vontade de voltar a ser, ou ser de novo, embora estejamos recorrendo ao passado como referência, reconhecemos o futuro nebuloso que nos aguarda. Nos diálogos que se desenvolvem após as exibições, não acessamos o processo em sua completude, mas depoimentos como vestígios desses caminhos que redirecionam nossas percepções.
A obra em exibição e todos os artistas em casa, os espectadores também...
“Deixa eu pegar aqui um livro para mostrar para vocês...”
“Posso cantar uma música?”
“Espera um minuto porque minha filha...”
Partilhando pedaços de intimidades, quartos, rotinas e tudo isso atravessa, compõe, está sendo.
Não posso deixar de destacar nesse texto, ou solicitar, ou clamar, manifestar, nem sei mais que verbos cabem na escrita quando nesse sufoco que vivemos, as palavras expostas em textos parecem acumular-se num grande muro que não deixa as coisas escoarem. Mas, voltando aos meus desejos. É preciso pensar na continuidade de acontecimentos como o PAN!, não apenas como espaços para tentar somar os nossos, mas também como estratégias de burlar as ausências de políticas públicas, as distâncias, as dificuldades de circulação, os lapsos da comunicação, as hierarquias das regiões, as invisibilizações, os apagamentos das memórias. Mas, não falo de burlar “apenas” para criar um caminho de desvio para escoamento contínuo, mas burlar para gerar mais desejo, mais anseio. Para tornar o Norte e o Nordeste prioridades de geografias e de encontros.
Neste sentido, com a continuidade desses eventos em formatos físicos e virtuais – em alternância talvez – é possível que artistas, pesquisadores, curadores, críticos, produtores, públicos possam assumir o compromisso de acompanhamento da produção artística de um território mais amplo do que o comumente vivenciado. Em um país de dimensões continentais como o Brasil e com uma desigualdade fundante, deslocamentos se tornam grandes desafios que comprometem a produção artística e a elaboração histórica sobre a mesma. Se esta é a realidade posta e marcada, usemos a virtualidade como possibilidade de subversão desses impedimentos, para inclusive mobilizar forças que desmontem hierarquias, desigualdades de investimentos e olhares.
Para a crítica, pontuo o pensar em outros modos de lidar com as nossas obras, porque os contextos e condições aqui são outros, inclusive nos processos formativos – e sim, neste sentido, tomo a mim nordestina e aos articuladores nortistas como um nós que partilham de certos estigmas excludentes, embora ainda haja diferenças imensas e pontuais em nossas experiências.
Uma das questões que me atravessa há algum tempo e ecoa nas obras assistidas nessa programação do PAN! é o quanto se elabora, com certa frequência, uma estética minimalista e/ou com poucos elementos cenográficos dispostos, poucas pessoas em cena – essa possibilidade “caseira” que tem sido amplamente observada em obras criadas em pandemia [basta assistir algumas filmagens da série #EmCasaComSesc] já era o único possível para alguns grupos e artistas fora dos grandes centros de produção. Apesar de reconhecer a complexidade e potente articulação poética de alguns artistas com esses recursos [ou a ausência deles], como as obras do Ateliê 23 e Amanara Brandão sobre as quais discorrerei melhor adiante; trago aqui a angústia de que não é mais possível limitar nosso imaginário pelo anseio utópico de conseguir nos levar a outros espaços e sermos vistos, validados, incluídos em circuitos que insistem em elencar representações dos nossos recusando nossa multiplicidade. Que a precariedade, as gambiarras, a elaboração sobre os restos, os vestígios possam ser uma escolha e não o único possível.
Para pontuar a questão curatorial, nesta segunda edição optou-se por realizar um chamamento público para que artistas e grupos pudessem inscrever seus trabalhos a serem selecionados e comporem a programação. Diferente da abordagem curatorial adotada na primeira edição, onde alguns grupos e artistas de cada estado da Região Norte foram convidados pela equipe organizadora do evento. Essa mudança na curadoria traz questões a serem pensadas, principalmente se pontuarmos que das quinze obras que integram a programação, oito são do estado do Amazonas, além da ausência de obras do estado do Acre compondo a edição. A curadoria acaba sendo formatada a partir do alcance do chamamento e dos trabalhos inscritos que, por vezes, não contemplam alguns objetivos do evento, embora abra espaço para outras obras que poderiam não ser percebidas em outras situações. Penso, a partir disso, nessa curadoria que peregrina – “que viaja por terras distantes”, por enquanto de modo virtual, mas almejando o físico. O que desejo pontuar é o movimento de busca e deslocamento que pode ser promovido por essas curadorias – que está muito mais próximo daquele viajante que deseja chegar a algum lugar, sem gps ou mapa ou internet que esboce o trajeto, e que se perdendo no caminho vai conhecendo o próprio caminho e perguntando de transeunte a transeunte como se chega a determinado ponto. Não que esse ato curatorial que esbocei seja uma novidade, nem que nela não haja críticas em relação a preferência/recorrência de certas obras ou artistas que criam hegemonias nos espaços. Por isso, justamente esse ato de perder-se ou de mover-se para longe de suas referências comuns e ainda assim, buscar afetos e pares outros.
Debruçando-me sobre a programação, percebo algumas escolhas que conectam as obras apresentadas e nos oferece uma observação dos movimentos que estão sendo produzidos na cena nortista. Embora essa observação não resuma, nem determine a cena da região, é mais um ponto de vista do que um panorama. Mesmo que eu elenque aqui algumas características e cite obras na tentativa de exemplificar esses direcionamentos, é importante que o leitor observe que as obras não são encaixadas em uma ou outra abordagem, mas que transitam entre várias e saem contaminadas desses possíveis.
Se parte da programação foi composta por obras cênicas filmadas e produzidas durante a pandemia (com todos os atravessamentos físicos, políticos e culturais implicados nisso), outra parte estava composta por arquivos de obras apresentadas antes do início da pandemia e que acionam saudosismos, desejos e crenças na possibilidade de reativação corporal (já nem sei mais que palavras usar sem questioná-las continuamente, após a virtualidade ter ruído com quase todos os nossos paradigmas de encontros). Entre essas obras criadas antes podemos citar “Chica Fulô de Mandacaru” da Casa Circo (AP) que traz a narrativa de uma mulher violentada através da poética dos corpos brincantes; “Tartufo-me” da Buia Teatro (AM) com uma obra satirizando as ações de religiosos extremistas; “A Última Estação” da Cia. Arteatro (RR) onde três personagens masculinos são interpretados por três atrizes em um encontro e espera numa estação ferroviária; ou ainda “Do Repente” da Lamira Artes Cênicas (TO) que com artistas nordestines que migraram para o estado nortista criam uma obra em dança com referências à música popular do Nordeste; e, cito também, “Ainda bem que não tivemos filhos” do Grupo Garagem (AM) que refez seu registro audiovisual durante a pandemia, de uma obra que lida com as crises e questões derivadas das relações amorosas e suas idealizações.
Com o projeto de elaboração de uma curadoria decolonial que privilegia a heterogeneidade e posiciona obras criadas por artistas negras, amazônidas, LGBTQIA+, anciãs, palhaças, objetos-corpos animados em danças, teatros, circos, experimentos audiovisuais. Importante observar na programação, a presença de videoperformances como uma possibilidade entre o teatro/dança que estávamos habituados a criar e a urgência audiovisual que nos ofereceu caminhos de criação e compartilhamento na situação instaurada. “Sobre Lourdes e Viviane” de Viviane Palandi (AM) onde a artista dança com sua mãe, ou a série “Uma Estética dos Restos” de Amanara Brandão (RO) em suas pesquisas político-estéticas sobre corpo, espaço e sustentabilidade exemplificam essas escolhas. A obra “Subsolo” do Ateliê 23 com uma poética absurda para tratar de um existencialismo e das repetições humanas, acaba transitando com singularidade entre o videoperformance e o teatro devido aos posicionamentos da câmera e a sua dramaturgia imagética, calcado em alguns improvisos. Também é notável a quantidade de trabalhos de curta duração na programação. Se estávamos habituados a obras cênicas com mais de quarenta minutos de duração integrando festivais em tempos pré-pandêmicos, observamos nesta segunda edição do PAN! algumas obras com menos de vinte minutos. Não caiamos no vacilo de perceber a duração como determinante de qualidade de alguma coisa, mas reconheçamos que a temporalidade implica em outras percepções na experiência estética vivida. Quanto tempo é necessária para ser afetado? A pergunta parece pueril, mas se considerarmos a situação extrema de virtualidade, as relações entre tempo e afeto no nosso corpo não se remodelam? Sobre esses trabalhos curtos, posso citar “Vale a pena rir de novo” do Circo Matutagem (PA) onde os palhaços recontam alguns clássicos da palhaçaria brasileira e “Lá vem o rio” do Coletivo Experimental de Teatralidades (AM) com uma obra em teatro lambe-lambe. Além dessas características que pontuei, destaco ainda como algumas obras se desenvolveram em relações experimentais e investigativas entre os corpos e outras materialidades como na obra “A Bolha” do NUPRAMTA (AM), onde uma artista habita e dança em uma bolha de plástico, uma obra de intervenção urbana, assim como a performance “Cabô” de Vitor Rocha (AM) que também se propõe como uma ação no espaço urbano.
AFIRMAR A FORMA PARA IMPLODI-LA
Para encerrar esse texto, desejando continuar as discussões, pontuo a problemática e necessidade de afirmação da região frente aos circuitos culturais que se apresentam no país e suas desigualdades latentes. A afirmação desses contornos não é, necessariamente, uma afirmação da tradição ou uma tentativa de encontrar uma identidade circunscrita de algo. Mas, é um exercício para repensar a alteridade, afirmando a própria heterogeneidade e complexidade a partir de uma experiência de corpo trajetorialmente implicada em determinado contexto político-cultural. É derivar sobre si mesmo, chafurdar nos próprios estigmas para cuspir muito mais. É chupar o caroço da manga, comer pinha, catar em si. Porque enquanto sublinho esses contornos eu convoco o outro a pensar sobre os contornos dele também, devolvo as linhas para que a gente dê alguns nós. Nordestine-nortista-sudestine-sulista-centro-oestine. Se a nós nos foi negado protagonizar essas histórias brasileiras, faremos de nossas regiões nossos próprios países. E obviamente que há uma piada impossível nisso, mas se não é nos absurdos do imaginário e suas expressões na linguagem escrita/falada que a gente se reinventa também. Não como prisão, mas como trampolim.
Agora, cabe a nós, pensar também como não autorizar a captura desse nosso jogo pelos outros que nos determinam como representações de alguma coisa que eles escolhem articular quando os convém. Articulação midiática falseada disfarçada de inclusão, que inclui apenas a si mesmo em exercício narcísico de uma política que não transforma, não dialoga, nem põe em crise. Desejo ansiosamente encontros físicos entre corpos vacinados numa era pós-pandêmica onde o presidente que hoje desgoverna estará distante do posto que ocupa, para que possamos conversar em uma mesa de bar pós-espetáculo sobre que espaços desejamos ocupar, de fato – veja bem, não os espaços que somos obrigados a desejar, mas aqueles que desejamos de fato. Que se possa desejar migrar, transitar, estar de passagem, e também permanecer no Norte, no Nordeste; que venham até nós e que possamos ir aonde desejarmos também; que ser cosmopolita – aquele que não se limita as barreiras geográficas – seja uma condição de mão dupla. Eu vou, você vem, a gente fica, nós vamos.
Foto do Banner: "Uma Estética dos Restos" de Amanara Brandão Lube (AM).
[1] Quemuel Costa é um dos críticos selecionados para compor o Núcleo de Crítica desta segunda edição do PAN! e também colaborador crítico do Farofa Crítica, com quem eu partilho inúmeras conversas sobre teatro, vida e amores.
[2] Fernanda Cunha é atriz e dramaturga em Natal e uma das amigas com quem partilhei uma ida a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, em 2019, e lembro nitidamente de sentarmos lado a lado nas cadeiras do teatro, sussurrando algum espanto ou indignação diante das obras. Meio radicais, meio intensas.
[3] O Núcleo de Crítica desta segunda edição do PAN! foi composto pelos convidados Daniele Ávila Small (assumindo a coordenação do Núcleo), Clóvis Domingos e eu; além dos críticos selecionados Klara Cruz, Márcio Brás, Paula Barros, Paulo Tiago e Quemuel Costa.
[4] O Crítica Isolada foi um ciclo de debates promovido pelo SESC Pinheiros, a partir de uma iniciativa elaborada pelos críticos Amilton de Azevedo e Fernando Pivotto.